quinta-feira, 28 de setembro de 2023

DIA DOS SANTOS ARCANJOS - SÃO RAFAEL, SÃO MIGUEL E SÃO GABRIEL


Entendendo melhor o significado de Arcanjo, na hierarquia angélica, são os superiores dos Anjos em sua missão e também nos poderes especiais a eles concedidos por Deus. Sua festa foi unificada e é comemorada no dia 29 de setembro.







São Miguel

“Quem como Deus?” (Ap 12,10). É considerado o chefe da milícia angélica, tendo se posto à frente dos anjos na luta contra Lúcifer, o chefe dos anjos que se rebelaram contra Deus; por isso, o Profeta Daniel o chama de Príncipe dos Anjos. Em suas pinturas e representações vemos São Miguel derrotando o dragão de espada em punho e mandando-o para o inferno. São Miguel é reverenciado desde o Antigo Testamento pelo povo Judeu como seu protetor e de suas Sinagogas, vindo a ser para nós, católicos, patrono de nossa Igreja. Várias são as passagens Bíblicas que mencionam o Arcanjo São Miguel: -“Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4, 16). -“E, no entanto, o Arcanjo Miguel, quando disputava com o diabo, discutindo a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar uma sentença injuriosa contra ele, mas limitou-se a dizer: O Senhor te repreenda!” (Jd 1, 9). -“Miguel, um dos primeiro príncipes, veio em meu socorro” (Dn 10, 13-21). Conta-se que, no século VI, enquanto o Papa Gregório Magno fazia uma procissão com objetivo de debelar a peste que assolava a Europa, São Miguel pôs-se de pé, com sua espada em riste, em cima do sepulcro do imperador romano Adriano. Após essa aparição, a peste foi debelada e o mausoléu passou então a ser chamado de Castelo de Sant’Angelo (Santo Anjo). Santuários lhes são consagrados e os mais célebres e antigos se encontram em Puglia, na Itália, e Mont-Saint-Michel, na França. Também lhe é atribuído o auxílio à Santa Joana D’Arc e São Geraldo Magela. Em nossa devoção por São Miguel Arcanjo, recorremos a ele pelo nosso livramento das investidas do demônio e dos espíritos malignos. Acreditamos que em nossas orações, quando invocamos seu nome, ele vem em nosso auxílio, em nossa defesa com o poder a ele concedido por Deus.

Oração: Príncipe Guardião e Guerreiro, defendei-me e protegei-me com Vossa espada, não permiti que nenhum mal me atinja. Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes, contra quaisquer atos de violência. Livrai-me de pessoas negativas. Espalhai vosso manto e vosso escudo de proteção em meu lar, meus filhos e familiares. Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens. Trazei a paz e a harmonia. Que assim seja. Amém!

 


São Gabriel

“Força de Deus” (Lc 1,26). Foi-lhe atribuído a grandeza de anunciar a Zacarias, no templo, a concepção de Isabel, sua esposa, mesmo na velhice, e que daria a luz a São João Batista que viria primeiro para endireitar os caminhos de Jesus. Também foi a São Gabriel confiada à anunciação da Encarnação do Verbo no seio da Virgem Maria, que esta conceberia a Jesus, o Emanuel “Deus Conosco”, nosso Senhor e Salvador.

Oração: Ó poderoso Arcanjo São Gabriel, a vossa aparição à Virgem Maria de Nazaré trouxe ao mundo, que estava mergulhado em trevas, luz. Assim falastes à Santíssima Virgem; “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo… o Filho que de ti nascer será chamado Filho do Altíssimo”. São Gabriel, intercedei por nós junto à Virgem Santíssima, Mãe de Jesus, Salvador. Afastai do mundo as trevas da descrença e da idolatria. Fazei brilhar a luz da fé em todos os corações. Ajudai a juventude a imitar Nossa Senhora nas virtudes da pureza e da humildade. Dai força a todos os homens contra os vícios e o pecado. São Gabriel! Que a luz da vossa mensagem anunciadora da Redenção do gênero humano, ilumine o meu caminho e oriente toda a humanidade rumo ao céu São Gabriel, rogai por nós. Amém!


São Rafael

“Deus cura” (Tb 5,4). É citado no livro de Tobias. É quem acompanha Tobias. Por isso, é conhecido como guia dos viajantes. E seu nome é invocado para as curas, além de protetor dos farmacêuticos, já que foi ele quem sugeriu o remédio para a cura da cegueira do pai de Tobias. Leva o título também de protetor dos casais, pois orientou a libertação do demônio que agia em Sara esposa de Tobias.

Oração: Poderoso arcanjo São Rafael, vós que estais sempre vigilante diante da face do Deus Altíssimo, que vos dignastes orientar Tobias para chegar a um feliz casamento, que nos prevenistes que o demônio Asmodeu, que fez morrer os sete noivos de Sara, ainda hoje se intromete nas famílias que se afastam dos mandamentos de Deus e este espírito maligno desmancha a felicidade do casal e desune os membros da família eu vos peço, guiai os jovens namorados, orientai os casais de noivos para cheguem a um feliz casamento; sede sentinela vigilante à porta de todos os lares cristãos para impedir a entrada do mau espírito da desconfiança, da desarmonia, da discórdia, da infidelidade, do ciúme e do ódio. São Rafael, fazei reinar em nossas famílias o amor, o respeito e a compreensão entre esposo e esposa e entre pais e filhos; fazei florescer a verdadeira felicidade em todos os lares. São Rafael, abençoai-nos e defendei-nos. Amém!



 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

AS SETE DORES DE NOSSA SENHORA

A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de Seu Divino Filho. E é junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e da Igreja. Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Onde está a Mãe está também o Filho.


1ª Dor: Apresentação do Menino Jesus no templo

Nesta primeira dor veremos como o coração de Maria foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que seu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendemos nesta dor é a santa obediência.

Ao ouvir essa profecia Maria continuou firme na fé, confiando no Senhor: Quem confia em Deus jamais será confundido. Em nossas penas e angústias, confiemos em Deus e jamais nos arrependeremos dessa confiança. Mesmo prevendo sofrimentos e dores, ao buscar fazer a vontade de Deus, continuemos firmes e confiantes no Senhor.


2ª Dor: A fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise”. Obediente, “José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito” (Mt 2, 13-14).

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças para suportarmos com paciência as dores de nossa vida, e para nos mantermos afastados dos pecados. Estejamos unidos a tantos que sofrem perseguição e são obrigados a fugir de seus países.

3ª Dor: Perda do Menino Jesus

A dor de Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais amargas, porque ela então sofria longe do Filho; e a humildade fazia-lhe crer que Ele se tinha apartado dela por causa de alguma negligência sua. Sirva-nos esta dor de conforto nas desolações espirituais, e ensine-nos o modo de buscarmos a Deus, se jamais para nossa desgraça viermos a perdê-lo por nossa culpa.

Aqui nos unimos a tantas situações de famílias que “perdem” seus filhos para as drogas e o mundo do crime. Somente no retorno ao Senhor representado pelo templo é que serão reencontrados.


4ª Dor: Doloroso encontro no caminho do Calvário

Um dos momentos mais sofridos da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. Na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe. Unidos à dor que Maria sentiu naquela ocasião, peçamos forças para suportarmos com paciência todas as dores de nossa vida e para nos mantermos afastados do pecado.

Nós nos unimos à dor de tantas mães que trocam olhares com seus filhos que carregam tantas cruzes e tantas dores no mundo de hoje. Aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho do Calvário.


5ª Dor: Aos pés da Cruz

Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz, e assistiu de pé à sua morte: “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena” (Jo 19, 25). Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre. Maria, sem duvidar um só instante, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.

Quantas situações de cruzes e de morte existem em nossa sociedade! Miséria, fome, enfermidade, preconceito, indiferença, violência, insegurança, injustiça, maldades, maledicência! Quantas dores nos fazem sofrer! Unidos a Maria, estejamos em pé diante da Cruz.


6ª Dor: Uma lança atravessa o Coração de Jesus

Consideremos como, depois da morte do Senhor, dois de seus discípulos, José e Nicodemos, o descem da cruz e o depõem nos braços da aflita Mãe que, com ternura o recebe e o aperta contra o peito. A imagem de Nossa Senhora da Piedade nos mostra o amor de mãe ao ver o filho sem vida nos braços.

É a unidade com tantas situações que a Igreja, como mãe que é, vê seus filhos sem vida nos seus braços, seja pelos pecados, seja pelas injustiças ou perseguições. Com a mesma coragem e fé de Maria vivamos esses momentos difíceis deste conturbado século, sobretudo neste tempo de pandemia.


7ª Dor: Jesus é sepultado

Consideremos como a Mãe dolorosa quis acompanhar os discípulos que levaram Jesus morto à sepultura. Depois de tê-lo acomodado com suas próprias mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta para casa com as perguntas que toda mãe faz, ao mesmo tempo em que mergulha no mistério de Deus. À imitação de Maria, nós também encerremos nosso coração no sacrário onde reside Jesus Eucarístico, já não morto, mas vivo e verdadeiramente como está no céu.

Mas procuremos também encontrá-lo na pessoa dos irmãos, em especial dos mais pobres que nos fazem descobrir que Ele vive e está no meio de nós.

Maria suportou muitas dores, mas sempre esteve ao lado do Filho. Ela é exemplo de fiel discípula missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição.

Com Dom Félix

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Exaltação da Santa Cruz

 

Nos reunimos neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado e a morte; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus.

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.

A Cruz do Gólgota foi um sinal de infâmia: os homens desonraram Cristo condenando-O à morte de cruz; mas a Cruz transformou-se numa exaltação, numa glorificação. O horizonte do Sacrifício da Cruz abraçava não só Jerusalém mas o mundo inteiro e abria-se para o horizonte da vida eterna: a Cruz ficará para sempre o sinal da Vida Eterna em Deus.

A Cruz da Salvação

“Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado” (Jo 13, 14).

O Senhor recorda-nos, uma vez mais, que o nosso caminho é de Cruz, cruz que temos de amar, cruz que temos de contemplar a exemplo dos israelitas no deserto, pois só nela está a Salvação. O mistério da Cruz é um mistério luminoso que dá sentido a tudo o que nós chamamos absurdo, fracasso, contradições. Contemplando os mistérios dolorosos do santo rosário, chegaremos a contemplar o rosto doloroso, de Jesus Cristo e prostrar-nos-emos em adoração: “Para transmitir ao homem o rosto do Pai, Jesus teve de assumir não apenas o rosto do homem, mas também o “rosto” do pecado. «Aquele que não havia conhecido pecado, Deus o fez pecado por nós para que nos tornássemos n’Ele justiça de Deus» (2 Cor. 5, 21). Só Ele que vê o Pai…avalia até ao fundo o que significa resistir com o pecado ao seu amor” (São João João Paulo II, No Início do Novo Milénio, nº 26).

Ciência da Cruz

“Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis que Eu sou” (Jo 8, 28)

Contemplando Jesus Cristo Crucificado, aprenderemos a verdadeira ciência da Cruz. Esta ciência não consiste simplesmente em suportar mas em compreender profundamente os caminhos dolorosos, muitas vezes incompreensíveis, através dos quais Cristo triunfa e salva. Os sofrimentos da Paixão e morte de Cristo situam-nos diante do núcleo do plano divino da nossa redenção: a destruição do pecado, em virtude do amor infinito de Deus, que se manifesta numa entrega total.

“O Senhor sofreu tanto e foi tão feliz por sofrer a condenação à morte, que padeceria mil vezes mais, se isso fosse necessário, para nos salvar de uma condenação mil vezes pior do que aquela: a da separação eterna de Deus”(Cfr. Hugo de Azevedo, a Psicologia da Cruz, Cel. Lit. 2, Ano B-1993/94).

Amar a Cruz

“Quando for levantado da terra atrairei todos a Mim” (Jo 12, 32)

Naturalmente não gostamos da cruz, nem da dor, nem do sofrimento, nem da morte. Não foi Deus que fez a cruz, nem a dor, nem foi Deus que desejou a morte. Tudo isso foi obra nossa. A dor entrou no mundo pelo pecado dos homens. Jesus veio ao nosso encontro com a nossa dor, com o nosso sofrimento. Não teve outra linguagem senão a linguagem da cruz, para se fazer entender. A partir do seu Sacrifício no Calvário, temos de amar a Cruz como Jesus a amou. “Longe de mim gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”- dirá S. Paulo. Será pela porta estreita da Cruz de Nosso Senhor que todos teremos de entrar, se desejamos verdadeiramente a sabedoria divina e conseguir a salvação.

Que Deus nos conceda a graça de amarmos a Cruz, de descansar na cruz, de “alegrar-nos” nos sofrimentos suportados pelos nossos irmãos, a exemplo de S. Paulo (Cfr. Col 1, 24). Encontrar a cruz é encontrar Cristo e com Ele haverá sempre alegria, mesmo diante de injustiças, mesmo mo meio de penas abundantes, de amarguras sem conta: “ter a cruz é identificar-se com Cristo, é ser Cristo, e, por isso, ser filho de Deus” (S. Josemaria Escrivá).

“O amor verdadeiro exige sair de si mesmo, entregar-se. O autêntico amor traz consigo a alegria: uma alegria que tem as suas raízes com forma de cruz” (Forja, 28).

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria - Festa


Origens 

A Natividade da Virgem Maria é uma das festas marianas mais antigas. Imagina-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria. Segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana. É localizada em Jerusalém, construída no século IV: a basílica de Santa Ana, é onde nasceu a Virgem. Em Roma, esta festa começou a ser celebrada no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I (†8 de setembro de 701). 

A Natividade

A Igreja católica não costuma celebrar o dia de nascimento dos santos, mas de sua morte. Há, contudo, três celebrações de nascimento: de Jesus Cristo (Natal); de São João Batista (ainda no ventre de Isabel, manifestou-se diante da proximidade de Maria, que esperava Jesus e fora visitar sua parente); e o da própria Virgem Santíssima.           

A Tradição

Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa, tampouco os nomes dos pais de Maria. Só há referências a Virgem Maria quando se trata de ressaltar algum fato que diga respeito ao Salvador. A Palavra de Deus nos mostra, mesmo que de forma discreta, a presença de Maria Santíssima nos momentos centrais da História da Salvação, como na encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucifixão, o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo e outros eventos.

Contudo, os Evangelhos não nos dão informações a respeito da família de Maria, de sua infância, de sua formação, de seu temperamento, de seu aspecto físico entre outras características.  Mas a tradição faz menção no Protoevangelho de Tiago, apócrifo escrito no século II. Entretanto, o acontecimento fundamental da vida de Maria continua sendo a Anunciação.

Relevância da Festividade

A maravilha deste nascimento não está no que os apócrifos narram com grande detalhe e engenhosidade. Está no significativo passo em frente que Deus leva na realização do seu eterno desígnio de amor. Por isso, a festa de hoje foi celebrada com magníficos louvores por muitos Santos Padres, que se basearam em seu conhecimento da Bíblia e em sua sensibilidade poética e ardor

O Exemplo é Maria

Maria é uma mulher que deve ser imitada pela sua confiança, mormente nos momentos mais obscuros da vida do seu Filho Jesus. Isso e muitas outras coisas explicam o fato do Povo de Deus recorrer a Ela para encontrar refúgio, conforto, ajuda e proteção.

A Igreja considera Maria como a Mãe de Deus, mas também como a discípula. Maria foi exemplo e modelo de vida cristã: pela sua fé, obediência ao seu Filho, caridade com a prima Isabel e nas Bodas de Caná. 

A Celebração

A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite:

 “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (…) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!” 

(S. João Damasceno – século VIII)

Protetora e Padroeira 

Nossa Senhora da Natividade é padroeira e protetora das costureiras. Além dos cozinheiros, dos destiladores, dos fabricantes de alfinetes e panos e da hospedaria.

Minha oração

“No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje  e sempre nossa Senhora!”

Nossa Senhora da Natividade, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 08 de setembro

  • Em Roma, a comemoração de Santo Adrião, mártir, que padeceu o martírio em Nicomédia. († data inc.)
  • Em Alexandria, no Egipto, os santos FaustoDio e Amónio, presbíteros e mártires, que, na perseguição do imperador Diocleciano, receberam a coroa do martírio juntamente com o bispo São Pedro. († c. 311)
  • Em Bagrevand, cidade da antiga Armênia, Santo Isaac, bispo, que, para fortalecer a vida cristã do povo, traduziu a Sagrada Escritura e a Liturgia para a língua armena. († 438)
  • Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de São Sérgio I, papa, de origem síria, que se dedicou intensamente à evangelização dos Saxões e dos Frisões. († 701)
  • Em Frísia, cidade da Baviera, na atual Alemanha, São Corbiniano, que, tendo sido ordenado bispo e enviado a pregar o Evangelho na Baviera. († 725)
  • Em Pébrac, no território de Le Puy-en-Velay, na França, São Pedro de Chavanon, presbítero. († c. 1080)
  • Em Pesaro, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a Beata Serafina Sforza. († 1478)
  • Em Valência, na Espanha, São Tomás de Vilanova, bispo, que, sendo eremita sob a regra de Santo Agostinho. († 1555)
  • Em Durham, na Inglaterra, os beatos mártires Tomás Palaser, presbítero, João Norton e João Talbot, que foram condenados à morte no reinado de Isabel I. († 1600)
  • Em Cartagena, na Colômbia, o dia natal de São Pedro Claver, presbítero da Companhia de Jesus, cuja memória se celebra amanhã. († 1654)
  • Em Nagasaki, no Japão, os beatos António de São Boaventura, da Ordem dos Frades Menores, Domingos Castellet, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e vinte companheiros, mártires. († 1628)
  • Em Marselha, na França, o passamento do Beato Frederico Ozanam, homem ilustre pela sua cultura e piedade. († 1853)
  • Em Almeria, no litoral da Andaluzia, região da Espanha, os beatos José Cecílio , Teodemiro Joaquim e Evêncio Ricardo, mártires, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1936)
  • Em Alcoy, povoação próxima de Alicante, na Espanha, o Beato Marino Blanes Giner, mártir, pai de família. († 1936)
  • Em Paterna, no território de Valência, na Espanha, o Beato Ismael Escrihuela Esteve, mártir, pai de família.(† 1936)
  • Em Villarreal, no território de Castellón, na Espanha, o Beato Pascoal Fortuño Almela, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir. († 1936)
  • Em Buñol, próximo de Valência, na Espanha, as beatas Josefa de São João de Deus Maria das Dores de Santa Eulália, virgens da Congregação das Irmãs dos Anciãos Desamparados e mártires. († 1936)
  • Em Madrid, na Espanha, o Beato Teódulo González Fernández, religioso da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936)
  • No cemitério de Montcada, na Catalunha, na Espanha, os beatos mártires Barnabé, religioso da Congregação dos Irmãos Maristas, e Baudílio, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936)
  • Em Vic, perto de Barcelona, na Espanha, a Beata Apolónia Lizárraga do Santíssimo Sacramento, virgem da Congregação das Irmãs Carmelitas da Caridade Vedruna e mártir. († 1936)
  • Em Villa de Don Fradique, na região de Castela la Mancha,na Espanha, o Beato Miguel Beato Sánchez, presbítero de Toledo e mártir. († 1936)
  • No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Adão Bargielski, presbítero e mártir. († 1942)
  •  Em Gross-Rosen, localidade da Alemanha, o Beato Ladislau Bladzinski, presbítero da Congregação de São Miguel e mártir.  († 1944)

Fonte:

  • Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
  • Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof. Felipe Aquino [Cléofas 2007]
  • Martirológio Romano
  • Santiebeati.it
  • Vaticannews.va